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LER / DORT: causas, sintomas, tratamento e prevenção

Entenda sobre essas condições osteomusculares.

pessoa jovem sentindo dor no punhoAs Lesões por Esforço Repetitivo (LER) são condições causadas por uma atividade que se pratica de forma contínua, sem o devido descanso ou pausa da parte corporal envolvida. Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a lesão geralmente ocorre quando há incompatibilidade entre o que a atividade exige e a característica física do corpo. 

evidências científicas que corroboram a hipótese das LER como lesões geradas por esforços realizados em ambiente laboral. A LER também é conhecida como Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (DORT), e o dia 28 de fevereiro é voltado para a conscientização sobre LER / DORT.

Neste artigo, explicamos o que caracteriza as lesões por esforço repetitivo, as causas e possíveis sintomas. Além disso, apresentamos como é feito o diagnóstico, tratamentos e ações preventivas. Confira!

O que caracteriza LER e quais são as possíveis causas?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a LER não corresponde a uma enfermidade ou doença específica. O acrônimo LER representa um grupo de condições que acomete o sistema musculoesquelético, com manifestações clínicas diversas e variados graus de intensidade.

Ainda segundo a SBR, os distúrbios mais comuns são as tendinites, lombalgias e mialgias, que costumam afetar algumas partes do corpo em maior grau, como ombros, punhos, dedos, cotovelos, tecido muscular e lombar. Além de esforços repetitivos, é possível desenvolver LER / DORT ao precisar contrair algum músculo por muito tempo para permanecer numa postura (sobrecarga estática), empenhar muita força num determinado movimento, usar aparelhos que emitem vibração em demasia e ficar em posturas inadequadas por muito tempo.

Existem algumas atividades conhecidas que podem gerar quadros de LER / DORT no trabalhador, como digitação, direção de veículos, piano, fábricas industriais com movimentos repetitivos, entre outras atuações.

Quem pode desenvolver LER?

Qualquer pessoa pode sofrer uma lesão por esforço repetitivo. No entanto, existem alguns fatores de risco que podem se intensificar quando algumas condições não são respeitadas no ambiente de trabalho e na atuação individual. Uma cartilha divulgada pela SBR destaca algumas, como, por exemplo: 

  • Treinamento adequado;
  • Local de trabalho com infraestrutura, bem ventilado e iluminado;
  • Mobiliário e recursos adequados ao trabalho;
  • Jornadas de trabalhos que respeitam o limite do funcionário;
  • Conscientização sobre posturas corporais adequadas; 
  • Conscientização sobre os limites de cada corpo;

Sintomas da Lesão por Esforço Repetitivo

Os sintomas mais comuns de lesões por esforço repetitivo são: estresse psicológico – o que pode influenciar a percepção de intensidade dos sintomas, dor (principalmente nos membros superiores), formigamento, dificuldade para realizar movimentos, fadiga muscular e inchaço. Os sintomas, segundo o Sistema de Saúde do Reino Unido, podem começar gradualmente, apresentando-se individualmente ou associados. 

A cartilha da SBR destaca que diversas condições que estão agrupadas no guarda-chuva LER / DORT precisam de acompanhamento médico e de diagnóstico correto e preciso. Isto é importante para que os sintomas e o quadro clínico não permaneçam sob um termo genérico. As causas precisam ser investigadas, para que o paciente saiba como lidar com os gatilhos para os sintomas no dia a dia.

Como tratar Lesão por Esforço Repetitivo (LER)?

O tratamento inclui o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, o repouso da estrutura musculoesquelética envolvida e atividade física para fortalecer a região. A SBR frisa que todos os distúrbios de LER / DORT tem tratamento clínico e, em casos mais graves, cirurgias e reabilitação específica para cada pessoa devem ser conversados com o paciente.

O conhecimento de ergonomia, a ciência que estuda a melhor forma de alcançar e manter o equilíbrio entre pessoas, máquinas, condições de trabalho e meio ambiente, tem se mostrado extremamente útil no tratamento e prevenção de LER / DORT.

Fotocêuticos

Como as condições de LER / DORT afetam o sistema osteomuscular, os fotocêuticos podem ajudar no tratamento dos sintomas. Isto porque eles são um padrão de emissão de luz customizada que gera efeitos terapêuticos para dores e inflamações musculoesqueléticas

O tratamento é indolor, não invasivo e se baseia na ciência da fotobiomodulação, que estuda os efeitos terapêuticos da interação da luz com tecidos biológicos. A absorção da luz desencadeia uma série de processos que tratam os sintomas de LER / DORT, como produção de substâncias analgésicas endógenas, estímulo de substâncias anti-inflamatórias e inibição de substâncias pró-inflamatórias. 

Em essência, os fotocêuticos oferecem uma dose extra de energia para que as células humanas tenham mais capacidade de realizar funções essenciais para o combate de dores e inflamações. O tratamento com os fotocêuticos não causa dependência, ajuda a diminuir dores, pode contribuir para a redução no uso de medicamentos e restaurar o movimento da articulação.

Como prevenir a LER / DORT?

Para prevenir a LER, é necessário ter atenção ao seu corpo e observar quando os movimentos repetitivos são realizados. O correto é que os trabalhadores possam fazer pausas e se alongar ao longo do dia. Além disso, a prática de ginástica laboral em ambiente de trabalho é uma ótima opção e deveria ser incentivada por equipes de gestão.

Também é essencial observar se o ambiente de trabalho segue alguma norma que visa prevenir esse tipo de problema para os funcionários, como a Norma Regulamentadora Número 17. Isso inclui selecionar cadeiras e móveis adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores, além de adquirir equipamentos de proteção.

O Ministério da Saúde recomenda algumas ações práticas ao longo do dia para quem trabalha na frente do computador o dia inteiro, como, por exemplo: 

– Pausar cinco minutos a cada 25 minutos de digitação;

– Movimentar-se e andar pelo ambiente de trabalho a cada uma hora;

– Beber água ao longo do dia e em boa quantidade;

– Manter postura correta: ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas no encosto da cadeira;

– Deixar as plantas dos pés apoiadas no chão ou em suporte;

– Manter um ângulo reto entre as costas e a cadeira;

– Não deixar o interior do joelho preso pela cadeira, o que limita a circulação de sangue; 

– Deixar o monitor a uma distância de 50 a 70 centímetros do olho; 

– A tela do computador deve estar numa altura tal que fique entre 15 ou 30 graus abaixo da linha reta da visão;

– Utilizar o apoio de punho somente nos momentos de pausa, e nunca para a hora da digitação, o que pode comprimir os nervos do pulso;

 

Caso sintomas como dor apareçam e persistam, procure ajuda médica. Quando um paciente começa a sentir dor, é bom investigar a origem e a causa. Isso é fundamental para que o tratamento inicie e tenha sucesso.